A textura da grama. As mãos e os pés na terra. O aroma das flores. O vento na cara. A interação com a fauna. A liberdade. O aprendizado. Com tudo o que dispõe a natureza é capaz de nos trazer inúmeros benefícios. Ela traz sossego, saúde, paz, sensação de pertencimento e conscientização… Mas e para as crianças? Falamos com uma especialista no assunto para mostrar como é importante para as crianças o contato com a natureza e a cultura da vida ao ar livre desde cedo.
Estimula os sentidos e a consciência ambiental
“Quando a criança vive e interage com a natureza, ela é capaz de assimilar melhor as informações à sua volta. Em contato com a vida ao ar livre é possível compreender o equilíbrio dinâmico necessário para manter todo o sistema natural, desenvolver apreço e consciência sobre o meio ambiente, se tornando guardiões do espaço natural”. Essas são as palavras de Ana Zanaga, diretora executiva do Parque Aimaratá, empresa associada à ABETA que realiza um forte trabalho com crianças, oferecendo atividades especiais para os baixinhos.
Além disso, podemos citar a expansão das atividades cerebrais, a criação de novas redes neurais. O pisar na terra, o som dos animais, as cores e os sons que vem das áreas naturais… Tudo isso aguça os cinco sentidos. Os pequenos descobrem outras percepções e reconhecem, de fato, a natureza. Por que a experiência é diferente da observação. Sentir é diferente – e agrega mais – do que apenas olhar.
Faz MUITO bem à saúde
Em um mundo cada vez mais digital e menos interpessoal, muitos pais estão se “aliando” aos tablets e smartphones para entreter os pequenos. Afinal, esses aparelhos são capazes de conquistá-los com tanta cor e tantos bichinhos que pulam e se mexem e se falam, e estão ali, na palma da mão.
O que isso acarreta, porém, é algo muito ruim. E está ligado diretamente ao desenvolvimento das crianças que, com tanta informação, não percebem a realidade à sua volta.
Ana também estimula esse contato desde cedo: “A atividade física em espaços abertos com liberdade para correr torna as crianças mais ativas. Brincadeiras com regras, que envolvem o coletivo, a criatividade, o aprendizado e a autonomia permitem que as crianças se sintam livres e, assim, aprendem de maneira saudável.”
Troca de experiências e interação
O touchscreen do seu celular nunca será melhor que o toque, o contato com outras crianças.
Tirar as crianças da “zona de conforto digital” é essencial para a formação de um adulto consciente. Ao presenciar situações numa perspectiva diferente, as crianças serão mais sensíveis e atentas ao que está acontecendo ao seu redor. Elas sentem, de verdade, que fazem parte desse contexto.
E pelo que conta a diretora do Parque Aimaratá, é exatamente isso que acontece: “Basta colocar as crianças no ambiente natural e eles se adaptam sozinhos, só lembrando dos aparelhos eletrônicos na hora de tirar fotos para a despedida. O contato com a natureza e a vida ao ar livre oferece uma adrenalina diferente. No Parque, além das trilhas e das atividades de aventura, eles jogam taco, brincam de pega-pega, esconde-esconde, jogam água uns nos outros, tomam sol deitados na grama. É pura liberdade”, conta ela.
É plural e diversificada
Opções não faltam para curtir a natureza, ainda mais aqui no Brasil! Para as crianças menores, por exemplo, um passeio pela mata é uma boa pedida. Nossa especialista comenta que é possível desenvolver atividades que os pequenos experimentam usar as mãos. No viveiro do Parque eles manuseiam as sementes, mexem na terra, nos substratos e interagem fisicamente com os materiais.
Agora para quem quer um pouco mais de aventura, dá pra encarar um arvorismo infantil, com desafios de acordo com a faixa etária. Não importa a idade, tem lugar para todos na natureza e na vida ao ar livre.
Viu só quanta coisa boa? Com tantos parques e áreas verdes em nosso país, não existe desculpa para não incentivar este contato desde a infância, com a natureza. É uma relação que deve ser estimulada, em que todos só tem a ganhar. Acesse a página da ABETA e descubra a vida ao ar livre pelo Brasil com as crianças.