Conhecido como um pedacinho da Europa no Brasil, próximo do litoral catarinense, com uma riqueza cultural incrível e repleto de atrativos naturais. Estamos falando do Vale Europeu Catarinense, região turística no Vale do Itajaí que compreende 19 municípios e inúmeras oportunidades e possibilidades de experiências ao ar livre, em contato com a natureza.
Saiba mais sobre o Destino Anfitrião que vai receber o ABETA Summit 2021 no primeiro texto da série “(Re) Descubra o Brasil “– que irá apresentar incríveis lugares e atrativos do turismo de natureza pelos 4 cantos do país. Embarque com a gente nessa aventura.
Principais atrativos naturais
Com bastante influência alemã e italiana na região, o Vale Europeu se tornou bastante conhecido por conta de suas festas típicas, como a Oktoberfest, em Blumenau. Além disso, o circuito foi um dos pioneiros dentro das caminhadas de longo curso e do cicloturismo. Ainda hoje está entre os principais e mais estruturados destinos para esta prática, com mais de 300km e diversos roteiros o ano inteiro.
Mas o que muita gente ainda não conhece é o imenso potencial natural, com diversos roteiros de ecoturismo e turismo de aventura. A região é repleta de cachoeiras de todos os portes, rios, parques municipais e nacionais, morros, vales e trilhas, com paisagens incríveis e natureza bem preservada. E muitos destes cenários, inclusive, estão na rota cicloturística.
Roteiros imperdíveis no Vale Europeu
Pouco a pouco, o Vale Europeu vai expandindo o leque de vivências e oferta de experiências turísticas, através de um trabalho de gestão profissional – que vem sendo referência em várias partes do Brasil. Entre os muitos roteiros voltados ao ecoturismo e turismo de aventura, além dos clássicos roteiros de cicloturismo, é possível destacar quatro atividades imperdíveis:
- Rafting
Ao lado do cicloturismo, o rafting sempre foi uma das principais atividades oferecidas na região, muito por conta do potencial aquático. Um de principais rios de Santa Catarina, o rio Itajaí-Açu corta pelo menos 3 municípios do Circuito Vale Europeu e, por conta da extensão e do alto volume, é o principal cenário das atividades de rafting – ultimamente os roteiros de Turismo de Base Comunitária vêm ganhando força nas comunidades tradicionais locais.
- Caminhadas de longo curso e trilhas
O Vale Europeu também sempre recebeu caminhantes de longo curso. E com a atividade ganhando cada vez mais adeptos, o Circuito se fortaleceu como um dos principais destinos, principalmente pela possibilidade desse contato direto com a natureza.
Morros, vales e montanhas são um convite imperdível para a prática da caminhada de longo curso e trilhas em circuitos menores. E, seja para iniciantes ou experientes em caminhadas, existem roteiros para todos os gostos.
A dica fica para o roteiro na região do Vale das Águas, resultado da união dos municípios de Apiúna, Ascurra, Benedito Novo, Doutor Pedrinho, Indaial, Pomerode, Rio dos Cedros, Rodeio e Timbó. Ao todo são 200 km de roteiros repletos de muita natureza, paz e contemplação, com paisagens e cenários que lembram as cidades da Europa.
- Observação de aves
Conhecida também por birdwatching, a prática de contemplar a vida das aves também tem se desenvolvido bastante no país – e no Vale Europeu tem um potencial incrível. Isso porque conta com áreas de mata atlântica preservadas, habitats de diversas espécies de aves.
Com uma rica biodiversidade de aves, o Circuito conta com mais de 200 espécies registradas e uma estrutura bem interessante para quem gosta dessa atividade.
Vale também como um dos destinos para birdwatching o Parque Nacional da Serra do Itajaí, a maior área contínua de mata atlântica do estado, com 57 mil hectares. Além de observar aves, ali também é possível curtir diversas outras atividades, como rafting, rapel, trekking, cicloturismo, voo livre, visitação de caverna e cavalgadas.
Como é formado o Vale Europeu?
Fazem parte do Circuito Vale Europeu os seguintes municípios: Apiúna, Ascurra, Benedito Novo, Blumenau, Botuverá, Brusque, Benedito Novo, Canelinha, Doutor Pedrinho, Gaspar, Guabiruba, Indaial, Luiz Alves, Major Gercino, Nova Trento, Pomerode, Rio dos Cedros, Rodeio, São João Batista e Timbó.
Hoje, 12 municípios da região têm sua gestão do turismo sob responsabilidade do Consórcio Intermunicipal do Médio Vale do Itajaí (CIMVI). O consórcio faz um trabalho específico na região, focado no tripé turismo, esporte e cultura. É um trabalho colaborativo, com foco no associativismo – o que a ABETA sempre recomenda.
O CIMVI tem um papel importante, e foi criado para dar mais robustez e força às políticas voltadas ao turismo na região dos consorciados. Segundo a gestora de serviços Arlete Regilene Scoz, o consórcio “aproxima as pequenas associações de turismo, dá mais flexibilidade e age para desburocratizar os processos de desenvolvimento locais”. A principal função é planejar e executar políticas voltadas ao turismo, esporte e cultura dentro dos 12 municípios.
Ou seja, basicamente, a entidade possui uma gestão pública mas executa os projetos como uma instituição privada, com prazos menores, por exemplo. Recebe aporte financeiro público com base na proporção de habitantes e executa as ações de forma assertiva, de acordo com as demandas locais. Uma gestão mais macro, com olhar estratégico e com profissionais especialistas nas áreas de atuação.
E nesse modelo, quem ganha é o destino, que se desenvolve profissionalmente e, claro, os turistas, que têm acesso a roteiros, operadores e atrativos bem geridos, sinalizados e estruturados.
Como chegar ao Vale Europeu
Chegar ao Circuito Vale Europeu é fácil de diferentes formas, pela boa e estratégica localização que se encontra, a 50km do litoral catarinense. Além disso, os municípios do Circuito estão bem próximos uns dos outros.
De avião, o aeroporto mais estratégico é o de Navegantes, a 55km de Blumenau, para ter uma referência. E existem voos diretos pra lá apenas saindo de São Paulo, Campinas, Porto Alegre e Rio de Janeiro. Mas também é possível chegar via Florianópolis ou Joinville e alugar um carro para chegar ao Vale Europeu. E quem vem de ônibus, encontra diversas linhas diretas vindo de cidades do Paraná, São Paulo e dentro do estado mesmo, como Florianópolis.
Quem chega de carro com destino a Blumenau, por exemplo, percorre um trajeto de aproximadamente 1 hora a partir do aeroporto de Navegantes-SC até chegar em Timbó-SC, cidade base, coração do Vale Europeu.
Quem vem de outros estados, como Paraná e São Paulo, a BR-101 é a estrada que corta todo o estado catarinense, sendo uma opção juntamente à BR-116 para pegar a BR-470, principal via do Vale do Itajaí, que corta o Vale Europeu de uma ponta a outra. Grande parte dela já é duplicada, oferecendo muita segurança para quem está de carro. Mas também há rotas alternativas com menor fluxo, saindo de Curitiba, por exemplo.