Definição da ABNT sobre Rafting: descida de rios com corredeiras em botes infláveis.

Nesta atividade, quem manda é o rio. Corredeiras, redemoinhos, ondas, pequenas cachoeiras: desbravar um curso d’água em um bote inflável é a grande graça do rafting. Os participantes, que formam grupos de quatro a doze pessoas (dependendo do tamanho do bote), são conduzidos por uma pessoa responsável pela orientação do grupo durante o percurso. Para descer o rio e transpor seus obstáculos, é preciso pôr em prática o espírito de equipe e entender que ritmo, união, senso de liderança, percepção sensorial e até solidariedade contam muito para que o bote avance.

A atividade é classificada em classes de dificuldade que variam do I ao VI, conforme os obstáculos, o volume de água e a região onde se encontra o rio. No turismo de aventura, a atividade geralmente é realizada até classe IV, sendo as demais propícias apenas para profissionais.

  • Contrate serviços de empresas que possuam Sistema de Gestão da Segurança (SGS) e dê preferência as que mantêm um certificado para esta atividade. Isso assegura que a empresa cumpre as normas técnicas referentes à atividade, de modo que a sua experiência seja segura e prazerosa.
  • Use capacete e colete sempre compatíveis com o seu peso e suas medidas. Mantenha-os no corpo e ajustados durante toda a atividade.
  • Preste atenção às instruções do condutor do bote antes de entrar na água e obedeça a seus comandos quando o bote já estiver em curso.
  • Se cair do bote, mantenha a calma e realize a posição de “corredeira” (boiar de barriga para cima e com os pés na direção em que o rio corre), até que o resgate seja efetuado. Nunca tente pisar no fundo do rio.
  • Observe o estado de conservação dos equipamentos e a formação técnica dos instrutores.
  • Para esta e qualquer outra atividade de turismo de aventura é necessário dispor de um Sistema de Gestão da Segurança (SGS) implementado em conformidade com a Norma Técnica da ABNT NBR ISO 21101:2014. Requisito previsto na Lei Geral do Turismo e em seu Decreto de Regulamentação.
  • A manutenção dos equipamentos deve ser rigorosa.
  • Gestão de Crise: Situação de estresse em caso de incidente ou acidente. Saber lidar com este tipo de situação faz parte da bagagem essencial do condutor.
  • Equipe de Condutores deve ser qualificada em conformidade com a Norma Técnica de Competências Mínimas do Condutor (CMC). Altamente recomendável que todos possuam treinamento em Primeiros Socorros.
  • Remadas técnicas – os condutores devem, obviamente, dominar as principais técnicas de remada e lemes, que possibilitem a adequada condução do bote nas corredeiras.
  • É recomendável que a equipe esteja sempre realizando treinamentos com a presença de pessoas experientes, fazendo simulações de resgate, montagem de sistemas de redução e de travessia de rios.
  • Os condutores devem saber realizar os seguintes procedimentos de resgate aquático: natação em corredeiras (ativa e passiva).
  • Quando algum bote usar armação para remo central, levar parafusos reservas e chave de fenda ou de boca. Para o estojo de reparo disponível na base (que conta com luz elétrica), acrescentar um aquecedor.
  • Conheça os níveis (máximo e mínimo) que permitem operações seguras. Divulgue isso aos clientes e tenha um plano B. Enfrente com serenidade todas as dificuldades necessárias para cancelar um programa ou acionar o plano B.
  • Reforçar os três principais itens de segurança ao final da instrução ajuda o cliente a memorizar as informações mais importantes. Por exemplo: nunca soltar a Zona T, nunca tentar ficar de pé e nunca enrolar a corda na mão.
  • O uso de caiaque ou bote de segurança é imprescindível em rios com corredeiras a partir de Classe III, pois ajuda a elevar o nível de segurança de uma descida, ajudando na sinalização das melhores linhas e se colocando muito mais rapidamente em posição de resgatar eventuais nadadores.
  • Rotas de fuga (em caso de cabeça d´água, acidente ou incidente) também devem ser estabelecidas.
  • O uso de uma cartilha ou de imagens na instrução do cliente é uma prática adotada por algumas empresas de reconhecimento internacional e pode facilmente ser aplicada na sua operação.

Principais riscos:

  • O maior risco dentro desta atividade é o afogamento.
  • Podem ocorrer também choques contra pedras, galhos e outras embarcações, ocasionando lesões como fraturas e luxações.
  • A portagem é normalmente o momento em que os participantes estão mais expostos a quedas, plantas com espinhos e até mesmo animais peçonhentos.
  • É importante ficar atento a todos os comandos repassados pelos condutores.

Normas técnicas referentes:

Normas Transversais

ABNT NBR ISO 21102:2021 – Turismo de Aventura – Líderes – Competência de pessoal
ABNT NBR ISO 21103:2014 – Turismo de Aventura – Informações à participantes
ABNT NBR ISO 21101:2014 – Turismo de aventura – Sistemas de gestão da segurança – Requisitos
ABNT NBR ISSO 20611:2019 – Turismo de aventura — Boas práticas de Sustentabilidade — Requisitos e recomendações
ABNT NBR 15500:2014 – Turismo de Aventura – Terminologia

 Normas Específicas

ABNT NBR 15370:2018 – Turismo de Aventura – Condutores de Rafting – Competências de pessoal.
ABNT NBR 16708:2018 – Turismo de aventura – Rafting – Requisitos para produto

Associados que oferecem essa atividade:

Brotas

Cambará do Sul

St. Amaro da Imperatriz

Doutor Pedrinho

Três Coroas

Aquidauana

Palmas

Três Coroas

Jaciara

Prudentópolis

São Félix do Tocantins

Três Coroas

Juquitiba

Rio de Janeiro

São Paulo