Definição da ABNT sobre Espeleoturismo: Atividades desenvolvidas em cavernas (grutas, lapas, tocas e afins), oferecidas comercialmente, em caráter recreativo e de finalidade turística.

A atividade ofertada turisticamente pode ter o acréscimo de iluminação artificial ou degraus e as cavernas podem ser visitadas num passeio guiado simples, sem o uso de equipamento específico além do capacete, é claro. Já no espeleoturismo de aventura é necessária a transposição de obstáculos naturais, como rochas, cachoeiras e até rios subterrâneos. Capacetes e lanternas, nesse caso, são imprescindíveis, bem como o acompanhamento de condutores especializados no ambiente espeleológico.

Outras cavernas exigem técnicas um pouco mais avançadas, como é o caso de abismos verticais e cavernas alagadas. Aqui, geralmente as empresas realizam um pequeno treinamento no local, antes de começar o passeio. A duração dos percursos varia tanto quanto a extensão das cavernas brasileiras: você pode passar tanto 1h quanto um dia inteiro embaixo da terra.

Esta atividade atrai cada vez mais adeptos no Brasil e é bem difundida ao redor de todo o mundo. Os turistas se veem envolvidos na magia de descobrir um ambiente totalmente diferente do que estão habituados.

  • Contrate serviços de empresas que possuam Sistema de Gestão da Segurança (SGS) e dê preferência as que mantêm um certificado para esta atividade. Isso assegura que a empresa cumpre as normas técnicas referentes à atividade, de modo que a sua experiência seja segura e prazerosa.
  • Conheça seus limites. Realize apenas as manobras que você esteja preparado para fazer.
  • Esteja sempre próximo de uma pessoa experiente (condutor ou espeleólogo), que saiba identificar os riscos presentes em cada caverna.
  • Mantenha-se próximo do grupo.
  • Ao se vestir para a atividade, leve em consideração que a temperatura da caverna geralmente corresponde à média anual da região onde ela está localizada e varia muito pouco ao longo do ano.
  • Tenha sempre duas fontes de iluminação, uma presa no capacete e outra na mão (fixa no punho com uma alça, para evitar que se perca). Leve pilhas sobressalentes, segundo a regra do dobro: a quantidade de pilhas deve ser duas vezes maior do que o necessário para a duração da atividade (sempre devidamente acondicionadas).
  • Verifique se o condutor foi formado para realizar a visita, se conhece os procedimentos básicos e se tem conhecimento das normas técnicas ABNT referentes à atividade.
  • O uso do capacete é obrigatório para todos.
  • No espeleoturismo vertical, o condutor precisa ter competência em técnicas verticais.
  • Fique atento e cumpra rigorosamente as recomendações dos condutores.
  • Para esta e qualquer outra atividade de turismo de aventura é necessário dispor de um Sistema de Gestão da Segurança (SGS) implementado em conformidade com a Norma Técnica da ABNT NBR ISO 21101:2014. Requisito previsto na Lei Geral do Turismo e em seu Decreto de Regulamentação.
  • Para a operação de espeleoturismo é necessário grande conhecimento do local de operação. Conheça bem o ecossistema local para melhor preservá-lo.
  • Se prepare bem com informações meteorológicas precisas.
  • Disponha de um Plano de Atendimento a Emergências bem elaborado.
  • Gestão de Crise: Situação de estresse em caso de incidente ou acidente. Saber lidar com este tipo de situação faz parte da bagagem essencial do empresário de ecoturismo e turismo de aventura.
  • Equipe de Condutores deve ser qualificada em conformidade com a Norma Técnica de Competências Mínimas do Condutor (CMC). Altamente recomendável que todos possuam treinamento em Primeiros Socorros.
  • Cavernas que exijam técnicas verticais como rapel devem adotar o treinamento dos clientes como pré-requisito à sua visitação.
  • Tenha certeza de que dispõe do equipamento apropriado para cada situação. Acidentes são em grande parte provocados por desconhecimento do ambiente, improvisações, negligência e uso inadequado ou falta de equipamentos.
  • A empresa deve também testar periodicamente tais procedimentos, onde for possível.
  • A empresa deve se assegurar da disponibilidade de serviços ou recursos apropriado para atendimento a emergências relacionadas aos riscos principais, identificados no inventário nos locais de prática das atividades planejadas, especialmente em áreas remotas ou de difícil acesso.

Principais riscos:

  • Escuridão, falta ou falha na iluminação;
  • Quedas;
  • Perda de equipamentos ou suprimentos;
  • Alguém se perder do grupo;
  • Acidentes com animais peçonhentos;
  • Indisposição do cliente.

Normas técnicas referentes:

Normas Transversais

ABNT NBR ISO 21101:2014 – Turismo de aventura – Sistemas de gestão da segurança – Requisitos
ABNT NBR ISO 21102:2020 – Turismo de Aventura – Líderes – Competência de pessoal
ABNT NBR ISO 21103:2014 – Turismo de Aventura – Informações à participantes
ABNT NBR ISO 20611:2019 – Turismo de aventura – Boas práticas de sustentabilidade – Requisitos e recomendações
ABNT NBR 15500:2014 – Turismo de Aventura – Terminologia

Normas Específicas

ABNT NBR 15399:2020 – Turismo de Aventura – Condutores de espeleoturismo de aventura – Competências de pessoal
ABNT NBR 15503:2008 – Turismo de Aventura – Espeleoturismo de aventura – Requisitos para produto

Como a atividade envolve técnicas verticais, importante observar estas normas:

ABNT NBR 15501:2011 – Turismo de aventura – Técnicas verticais – Requisitos para produto
ABNT NBR 15502:2011 – Turismo de aventura – Técnicas verticais – Procedimentos

Associados que oferecem essa atividade:

Mucugê

Lençóis

Fortaleza

São Paulo

Bonito

Alto Paraíso

Lençóis