Tree Climbing
Sobre a atividade:
O Tree Climbing ou Escalada em Árvores é uma prática não tão moderna, utilizada mundo afora principalmente para o corte ou podas de árvores, e coletas de sementes. Nos EUA foi onde surgiu a prática recreativa dessa atividade, incrementada com técnicas verticais da escalada em rochas, alpinismo industrial e resgates verticais. Em meados da década passada (2000 – 2010) foi trazida para o Brasil, mais precisamente para a Amazônia, onde passou a ser desenvolvida em caráter pioneiro na prática recreativa e contemplativa no turismo de aventura e ecoturismo.
Há 10 anos, somente a partir de Manaus tem sido possível encontrar passeios específicos para se escalar árvores gigantes combinando com visitações aos atrativos naturais ou culturais locais. Imagine experimentar também durante a estadia num Jungle Lodge, ou durante uma expedição fluvial, onde sua embarcação pode ancorar a poucos metros de uma árvore gigante dessas, curtir uma cessão que dura em média 2h30 a 3h00, e em seguida se refrescar num rio, e seguir com a expedição.
A Amazônia, com sua imensa vocação para essa atividade, devido a uma grande variedade de espécies de árvores gigantes, é considerada mundialmente como o berço dessa prática em caráter contemplativo no turismo. Imaginem conhecer a floresta a partir da copa de uma lendária Samaúma gigante? São várias as espécies sendo as mais comuns além da Samaúma: Angelin Pedra; Amapazeiro (árvore que dá o nome ao estado do Amapá), Macucu (uma das espécies de maior estatura e imponência, abundante principalmente na região de Anavilhanas – Am); Castanheira (do fruto conhecido com Castanha do Pará, também abundante em toda região amazônica);
Entre todas as espécies, as maiores podem ultrapassar 70 metros de altura, algumas podem precisar de mais de 20 pessoas de mãos dadas para abraçar completamente suas bases. Suas copas (dossel) geralmente se sobrepõem sobre as demais árvores do entorno, proporcionando uma perspectiva inigualável da floresta, rios e lagos. É comum ao longo da atividade os participantes de depararem com orquídeas e bromélias, algumas espécies endêmicas, ou que ocorrem somente na copa de uma ou de outras árvores específicas. Também não é incomum, você estar na copa de uma árvore gigante dessas e receber a visita de um casal ou revoada de araras vermelhas ou canindés. Encontrar várias outras espécies de aves, insetos, bichos preguiça, ou macacos pulando entre os galhos vizinhos.
A prática recreativa e contemplativa dessa atividade trouxe à tona, uma mensagem especial de sustentabilidade, já que para que ela ocorra é necessário a árvore estar de pé, viva e sadia. Pratique o Tree Climbing, adquira ou mantenha um ótimo condicionamento físico e mental, e ajude a manter a floresta em pé para as futuras gerações!!!
Perigos e Riscos:
A má condução da atividade por condutores inexperientes, ou que não possuam um sistema de gestão de segurança definido e em uso, ou que não promovam gerenciamento contínuo de riscos, e não garantam seguros individuais obrigatórios aos seus participantes. Equipamentos e EPIs inapropriados, mal cuidados e/ou fadigados principalmente os que preservam a vida dos participantes (cordas, fitas e mosquetões). Todos esses pontos apontam para os principais riscos, perigos, e danos que envolvem a atividade.
Normas Transversais
ABNT NBR ISO 21101:2014 – Turismo de aventura – Sistemas de gestão da segurança – Requisitos
ABNT NBR ISO 21102:2020 – Turismo de Aventura – Líderes – Competência de pessoal
ABNT NBR ISO 21103:2014 – Turismo de Aventura – Informações à participantes
ABNT NBR ISO 20611:2019 – Turismo de aventura – Boas práticas de sustentabilidade – Requisitos e recomendações
ABNT NBR 15500:2014 – Turismo de Aventura – Terminologia
Normas Específicas
ABNT NBR 15397:2006 – Condutores de Montanhismo e de Escalada – Competências de pessoal
ABNT NBR 15501:2011 – Turismo de aventura – Técnicas verticais – Requisitos para produto
ABNT NBR 15502:2011 – Turismo de aventura – Técnicas verticais – Procedimentos